sábado, 31 de janeiro de 2009

O FANTASMA DOS MARES




O FANTASMA DOS MARES – Edição 5 da Coleção Milistórias.


Neste novo livro, Antônio Gobbo, dividiu os contos em 4 categorias: Contos Fantásticos, Contos Ingênuos, Contos Verdadeiros e Contos Policiais.

Contos Fantásticos
O Fantasma dos Mares
A Batalha do Monte Tabor
Anjo da Praia
Cheiro de Morte
O Caçador de Macacos
Dançarino na Avenida
Pacto Entre Canibais

Contos Ingênuos
A Missa do Primo Benício
Três Cortes de Casimira
O Sabonete do Zorro
A Visita do Monsenhor
13° Aniversário
Tarzan e as Mamonas

Contos Verdadeiros

A Árvore da Mentira
Cachorro Bandido
Procissão de São Benedito
A História de Lotário

Contos Policiais
O Delegado Coerente
Mulher de Soldado
O Delegado Especial
Plano Mirabolanbte
Pega, Ladrão!

Em julho de 2005, o escritor Antônio Roque Gobbo foi entrevistado pelo jornalista Renato Soares e a entrevista foi publicada no jornal Estado de Minas, no dia 16 de agosto de 2005.

DEPOIS DE APOSENTADO, A MAIOR AVENTURA DA VIDA: LEVAR A SÉRIO A FASCINAÇÃO PELA LEITURA.

Ele acordou às 4h e viu amanhecer o dia 34 de dezembro em 1999. O problema não foi uma insônia ou pesadelo. Naquela véspera de Natal, um repente de criatividade fez o aposentado Antônio gobbo sair da cama e ir para a frente do computador. Em menos de seis horas, escreveu três contos infantis, tipo de texto que nunca tinha feito. Falou sobre estrela de Belém, burrinhos e Natal. Descobriu que a inquietude das idéias e a necessidade de coloca-las no papel foram sintomas de uma arte congênita: escrever.
São mais de sete anos escrevendo e aumentando a Coleção Milistórias, nome que surgiu da expectativa de chegar aos mil contos. Após se aposentar como bancário, em 1981, Gobbo já se tinha dedicado à pintura e à coleção de mais de 5 mil gibis e histórias em quadrinhos. Mais tarde, ele levou o acervo para fora de casa e construiu uma biblioteca para consulta pública, no bairro Prado, região Oeste de Belo Horizonte, onde mora. Depois de cinco anos, doou os livros para a Biblioteca Pública Infanto-Juvenil de Belo Horizonte.
A partir daí, não parou de escrever. É um prazer diário. há seis anos, o escritor formou um grupo de amigos leitores que contribuem para a publicação dos contos. Atualmente, são 1.340 parceiros de uma paixão que se revelou bem cedo na vida de Gobbo. Desde pequeno, freqüentar bibliotecas era um programa comum. Na escola, ele participava do Clube de Leitura Monteiro Lobato, que discutia os livros do autor brasileiro e fazia declamações de poesias. “Monteiro Lobato entrou na minha cabeça e não deixou nunca mais”, diz.
Gobbo acredita que todo bom escritor precisa ser um bom leitor. “Quando se lê, chega-se aos bons autores. E aprende-se com eles”, justifica. A primeira obra que o escritor leu, Aventuras do Aviãozinho Vermelho, de Érico Veríssimo, foi uma viagem a um mundo fantástico. “Um avião vai à Lua em 1945”, lembra.
Amigo íntimo da língua portuguesa, dos livros, das palavras, Gobbo acredita que a obrigatoriedade da leitura prejudica a formação literária dos estudantes de hoje. Ele diz que é o que acontece, por exemplo, na época do vestibular. “A obrigação tira o prazer. Tenho uma neta com sete livros para ler”, afirma.
Um dos motivos que o escritor aponta para a falta de leitura, são as distrações que os adolescentes têm. Como a Internet. Para ele, os professores precisam ensinar o jovem a misturar a leitura com o computador. “A Internet não atrapalha. A conversa em chats, com o uso da linguagem telegráfica, não interfere no meio acadêmico. Tudo tem sua hora”, diz.
De acordo com Gobbo, o uso do estrangeirismo é uma evolução da língua. “Chegamos ao português pelo latim. O uso consagra a língua. Por isso, as trocas não são atentados. São evoluções”, explica. Mas o escritor alerta que é preciso ter cuidado ao incorporar palavras e expressões de outra língua ao português, para que somente o necessário seja usado.

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